Este blog contém pus!

Porquê? v2.0

 

Um gajo quando não faz nada, tem que arranjar um passatempo. Fazer um puzzle, ir ao bingo, entrar num grupo de leitura, deslindar um “sudoku”, fazer croché, qualquer coisa… Este até será dos passatempos mais importantes, pois mais vale aprendermos a “crochetar” um cachecol ou umas meias, não vá o Diabo tecê-las… e não ficam com o nosso formato. Mas enfim, qualquer coisa. Um passatempo. É que um gajo quando não tem nada para fazer põe-se a deambular em pensamentos constantes, chegando a pontos nunca antes chegados. Activando zonas do cérebro nunca antes activadas. Encadeia informações, retira ilações. Teorias, hipóteses, conclusões. Nem precisa de prática. Aliás, além de que a prática é enganadora, e nem sei até que ponto se por vezes será possível, tal é a complexidade de pensamentos. Por exemplo, fugir numa perseguição automóvel e em seguida, fazer sexo louco no capô ainda quente com uma ruiva espampanante. É de certeza mais difícil e cansativo faze-lo em pensamento, devido ao facto de as curvas serem em maior número e com curvaturas muito mais acentuadas. Mas um gajo torna-se pensador mas não é por iniciativa própria, é porque somos levados a tal. É que ser pensador é duro, mas alguém tem de o fazer. Não imaginam o que custa, estar deitado num cruzeiro e a ter que fazer cálculos complicadíssimos com imensas variáveis para conseguir descobrir qual será o camarote de duas finlandesas que mergulham na piscina. É muito mais difícil do que adivinhar, perdão, calcular os números e as estrelas do Euromilhões. Ou eu já não o tivesse ganho. Se não, não teria comprado a viagem no cruzeiro e adivinhado, perdão, subornado o oficial de bordo para me dizer que as duas finlandesas se encontravam no 612. Se querem ver um gajo a esforçar-se, deixem-no num sitio sem nada para fazer. É que não fazer nada é bastante inspirador para um gajo. Condensamos informações, expandimos realidades. Damos por nós a verificar por A + B que existem actividades que só um gajo consegue cumprir e exponenciar. Tal como no desporto. Desportos colectivos só deviam ser praticados por gajos. Tudo bem que até gosto de ver a série “the L word”, mas fica feio sejam 5, 7, 11 ou 15 mulheres a correr por um objectivo comum. Já basta quando um gajo sai á rua para comprar o diário desportivo. É que pensamos tanto, que às vezes até saímos… cansados. No fundo, um gajo, em prejuízo próprio faz um favor à sociedade ao não fazer nada. É daí que surgem as grandes ideias e filosofias. Vejam o Newton. Era bom que a sociedade também fizesse um favor a um gajo. Arranjasse umas trigémeas havaianas capa da “Playboy”, um sumo de laranja fresquinho e um portátil com Internet sem fios. Um gajo sentava-se a passar o seu tempo a beber o sumo e a escrever no blog. E as gajas que pensassem!

Um gajo quando não faz nada, tem que arranjar um passatempo. Qualquer coisa, escrever num blog.

 

Um new kid, às vezes, também é um gajo.

Deixe um comentário