Calimero
Quem não fica saudoso por vezes e se lembra de desenhos animados que davam quando éramos novos? Penso que todos. Desde a pessoa mais velha à mais idosa, desde a pessoa mais divertida ao maior comediante, desde o mais simples proxeneta ao mais nobre deputado, todos nós nos lembramos como antes é que os desenhos eram alegres e tinham conteúdo.
“Ó senhor primeiro-ministro, não seja Calimero! O posto é de Portugal, não é seu!”
Paulo Portas, Assembleia da República
E se com o tempo não só os desenhos perderam conteúdo mas também as embalagens de batatas fritas e os discursos políticos, folgo em saber que os nossos deputados se lembram desses tempos e tentam recriar condições para que o país possa voltar atrás, vá buscar bons exemplos e dê um salto para o futuro.
Bem, pelo menos esta é a minha leitura da frase de um nosso deputado e sobretudo um desejo para a nossa classe governativa.
(se é para não perceber o Calimero, é melhor no original)
Para finalizar, e se este é o caminho para o futuro, então desejo a todos os nossos representantes eleitos precisamente o contrário do que o deputado Paulo Portas pediu. Que sejam todos um pouco como o Calimero:
Que saiam todos um bocadinho da casca mas sem descobrirem a careca!
Manso ou mansa?
Não sou eu que o digo. Os factos aparecem e provam-se per se.
O que estou a dizer?
Bem, no seguimento de outras touradas no mesmo estabelecimento (i.e. Oleeeé), voltou-se à temática taurina. Lembrar que apesar de estas pessoas terem cargos importantes na vida governativa portuguesa, porventura não têm fama de executarem na perfeição Verónicas ou chicuelinas. E quanto a mim, esse simples facto de não conseguirem nem mostrar a sua arte, nem rematar as suas acções deixa-me triste e sem vontade de comprar bilhete para o próximo espectáculo.
Por favor, aprimorem os movimentos e não deixem morrer esta arte mui nobre que faz parte da nossa cultura.
Apenas referir ao senhor primeiro ministro que sendo a tia do senhor Francisco Louçã do sexo feminino, o adjectivo deveria ser utilizado no género feminino também. Ou seja, mansa. A não ser que o senhor primeiro ministro saiba algo que nós desconhecemos! No entanto, isto é mesmo só um aparte, porque no fundo, a cultura taurina está toda lá!
Oleeeé!
Inimputável, o palhaço
Sinto-me deslumbrante! Ou melhor, deslumbrado…
As sessões políticas que os nossos deputados eleitos promovem são cada vez mais empolgantes e dignificantes para a classe política. Ainda sou do tempo em que as discussões, políticas no caso, quer no hemiciclo, quer em comissões parlamentares eram algo de aborrecido e entediante. Não só as nossas pálpebras tinham a tendência a fechar, bem como a cara de alguns dos nossos deputados mostrava cansaço e um ligeiro sinal de soninho!
Paulo Duarte demitido do comando do Le Mans >>> ver mais
Felizmente, uma nova estirpe de deputados estão a despontar para o estrelato e começam também a dinamizar os restantes pares. Este ano estamos finalmente a assitir a política verdadeira! Já tinhamos assitido a deputados e ministros a brincarem aos filmes na assembleia, aliás, quem não terá ficada na memória com a interpretação gestual do filme “Touro Enraivecido”?
E agora, no findar do ano, altura em que já ia escrever ao Pai Natal a pedir mais um ano cheio de boa política, somos brindados com mais uma discussão de alto calibre presenteada por Maria José Nogueira Pinto. Sim! A mesma de outros êxitos, tais como “Eu sei que tu sabes que eu sei que tu…” lembrou-se agora de fazer um remake de um clássico: Palhaço!
Sem dúvida alguma, a política portuguesa, o parlamento português e os seus deputados estão finalmente a caminhar para um futuro animador e risonho.